Forza Horizon: Prazer sem limites sobre rodas

Forza Horizon

Escolha seu carro, acelere e curta a viagem: isso é Forza Horizon, o jogo de corrida em mundo aberto e com dos Forza originais. Para muitos, essa mudança é assustadora. Por que mexer em uma das melhores peças clima de festa que está mais para uma variação do que para um sucessor de Forza 4. Ele foi criado pela velha conhecida Turn 10 Studios e pela Playground Games, com uma equipe que inclui alguns dos ex-desenvolvedores de GRID, Dirt e Burnout - e isso explica muitas de suas influências e seu distanciamento da seriedadede cultura automotiva virtual já criadas? Porque pode ser divertido, como eu descobri depois de jogar por muitas e muitas horas.

Tudo começa com uma carroça amarela com 10 cilindros e 640 cavalos correndo contra um maluco que pilota como se o mundo fosse acabar em alguns minutos. Ele ganha, obrigatoriamente, e você volta para a realidade com um humilde Volkswagen Corrado. É aí que você descobre que o mundo não vai acabar, mas as inscrições para o Horizon Festival, sim. Você precisa correr para conseguir uma vaga, conquistar sua pulseira (como aquelas de balada) e começar sua carreira.
 Forza Horizon
Feito tudo isso, você passa por uma breve inspeção veicular na Oficina do Dak (bem melhor que as inspeções na cidade de São Paulo), um mecânico que vai ser seu melhor amigo ao longo do jogo, e está pronto para curtir a vida.

Tudo isso é uma introdução sobre os recursos do jogo, uma espécie de tutorial muito bem camuflado. É quando você escolhe suas opções de dificuldade, que vão desde um sistema de freio automático (provavelmente para as crianças) até o modo de simulação herdado de Forza 4 - que não é tão exigente assim, mas faz bem o papel de "modo mais difícil".

As pulseiras funcionam como níveis e servem para destravar corridas novas ao redor do mapa. Temos também um sistema de reputação, com um ranking que valoriza desde ultrapassagens perfeitas e derrapagens até a direção perigosa (arrancar placas e tirar finas de carros dos pobres cidadãos do Colorado). Esses pontos liberam desafios únicos, como correr contra um avião ou em corridas específicas em que o prêmio acaba sendo o carro que você usou.

 Pelos diversos ambientes e estradas do Colorado, você é bombardeado com raios de sol e reflexos no capô do carro. Com o passar do tempo, o sol baixa e você vê um belo céu alaranjado. Mais tarde seus faróis acendem e, dependendo do carro, abrem-se de maneira gloriosa (mesmo, é uma das coisas mais lindas que já vi). As luzes do painel também se acendem, e você percebe que precisa redobrar a atenção, pois dirigir a noite é completamente diferente. É um mundo aberto que ganha mais vida com essas mudanças de tempo dinâmicas.

Eu passei meus primeiros momentos de jogo explorando exatamente esse mundo aberto, coisa que não existia em Forza 4. Aquelas estradas cheias de quinas, saídas e desníveis são deliciosas, principalmente quando você pilota um monstro que adora queimar borracha e escapar de traseira - coisas que eu queria fazer na vida real, mas não me deixam!

A euforia passou quando percebi que o mundo, apesar de variado, não era muito grande. Com um carro relativamente rápido como um Audi R8 GT eu dava uma volta no mapa em 15 minutos. Bem menos que Test Drive Unlimited, outro jogo de corrida em mundo aberto com ideias semelhantes a Horizon. Nele, eu precisava de pouco menos de uma hora para dar uma volta pelo anel externo do mapa - na época parecia ridículo e extremamente irritante, mas hoje entendo que faz sentido. Apesar da maior variedade do ambiente em Forza Horizon, depois de algumas horas você já decorou os traçados, e isso mata boa parte da emoção e das surpresas de um mundo aberto.

Os desenvolvedores repetem que 'Forza é um jogo sobre cultura automotiva acima de tudo',e os carros estão aí para provar. Os detalhes são incríveis, com grande parte deles vinda de Forza 4, mas alguns novos elementos (principalmente de iluminação) criados do zero. Um grande barato é partir em busca de novos carros e lutar para poder comprá-los, já que no começo do jogo somos bem pobres. Um carro maior, outro com tração nas quatro rodas, às vezes um esportivo mais leve. Forza Horizon tem para todos os gostos, embora a lista de carros não seja tão grandiosa assim.
 Forza Horizon
Os faróis da Lamborghini Diablo se levantando, a grade de um Dodge Charger pronto para tirar você da estrada... Muitos carros incríveis estão lá, celebrando o conceito de cultura automotiva. Temos japoneses com seus turbos e corpo ágil, temos europeus precisos, e muitas vezes arrogantes, e temos os americanos grosseiros e nervosos.

Além disso temos os celeiros espalhados pelo mapa, são nove celeiros com carros raros. Quando encontrados esses carros são restaurados pelo mecânico do festival, além disso ele passa algumas informações sobre a história do carro, algo como um modo Autovista simplificado do Forza 4, tudo isso em português e em bom português.

O carro inicial, o VW Corrado, foi uma excelente escolha. Ele é um dos patinhos feios do mundo automotivo, ninguém liga muito para ele, mas é um carro fantástico. Outro que fez meu coração pulsar é o über-sedan alemão S65 AMG, com seus doze cilindros biturbinados e um torque que arrancaria um asfalto desses que existem no Brasil.

Talvez pela maior dificuldade de aplicar os efeitos de iluminação aos carros, a garagem de Forza Horizon é consideravelmente menor que a de Forza 4. Mesmo assim, é maior do que outros jogos como Test Drive Unlimited 1 e 2, todos os Need for Speed que já existiram. Só perde para Gran Turismo 5, mas isso não nos faz chorar, afinal são mais de 120 carros.

Quando comprei um dos carros do primeiro DLC, um nervoso Ford Mustang Boss 302 amarelo ônibus escolar (é esse mesmo o nome da cor), saí da loja queimando pneus, e com isso ganhei pontos de reputação por um 'Ultimate Burnout'. Fiquei dando voltas pelo mapa, fazendo curvas de lado e levantando muita fumaça dos pobres pneus traseiros do ônibus escolar amarelo. E você pode ficar fazendo isso sem se cansar, se quiser, mas eu queria outros carros, então voltei para as corridas. Fiz muitas corridas, fui comprando carros cada vez mais incríveis e ganhando outros.

Temos apenas três rádios, o que pode parecer muito pouco: uma com Dubstep, outra com músicas Indie e uma Rock (com mais cara de Indie do que Rock). Nenhuma delas era exatamente o que mais me agrada, mas para um ambiente de cultura automotiva repleta de malucos, como na Gumball 3000, a música faz muito sentido. Ao iniciar uma corrida a rádio muda e coloca em músicas específicas, mas isso não é um grande problema.

 O modo multijogador é um evento à parte, dividido entre diversas categorias, de Iniciante a Veterano. Quando achei uma sala com uma dificuldade bem equilibrada, entrei na corrida e logo surgiu um infeliz tentando me tirar da pista, e outro que aparecia na minha frente e logo depois sumia, como mágica. É aí que eu me lembro de por quê odeio jogos de corrida online: uma vez ou outra você encontra alguma sala com jogadores leais, mas não demora muito para aparecer algum sacana.
 Forza Horizon
Sem esperanças, decidi voltar ao modo de um jogador. Nesse momento já tínhamos criado o Clube Kotaku Brasil, e pude voltar à parte que eu mais gostava do Forza 4, que era disputar os melhores tempos. Agora os radares de velocidade espalhados pelo mapa marcam sua velocidade e a comparam com a de seus amigos para ver quem é o mais rápido/maluco do clube, e o mesmo acontece nas corridas. Muito mais interessante do que correr contra uma pessoa qualquer do mundo, e que provavelmente você nunca vai conhecer. Também ao voltar ao jogo a caixa de mensagens do jogo está sempre lotado com mensagens falando que alguém bateu seus tempos, então é hora de devolver o favor.

Conclusão
Forza Horizon permite que os amantes de carros fritem o pneu de máquinas que provavelmente nunca terão, em lugares cinematográficos e com a trilha sonora perfeita. Com o bônus de que você não precisa mais ficar preso a traçados famosos quando quiser saber como é dirigir um esportivo italiano ou uma barca alemã gigantesca. E se você não curte carros, Horizon pode ser um bom começo. É uma grande experiência de cultura automotiva disfarçada de jogo.

Se tivermos continuações no futuro, eu gostaria de ver um mundo maior - quem sabe um mapa tão grande quanto os de Test Drive Unlimited? E mais carros, para que os jogadores não fiquem tão dependentes de comprar DLC.
FONTE: MSN

Comentários

Tudo Sobre Games a 10 anos no Ar!






Big Blogg Gamer 1

Big Blogg Gamer 1
Veja a primeira edição

Big Blogg Gamer 2

Big Blogg Gamer 2
Segunda edição do Reality

Big Blogg Gamer 3

Big Blogg Gamer 3
Terceira edição do Reality

Big Blogg Gamer 4

Big Blogg Gamer 5

Big Blogg Gamer 6


Big Blogg Gamer 7